A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lançou na quarta-feira, 1º de setembro, a chamada da terceira edição do Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”. Neste ano, a premiação será para as “Mulheres Cientistas”, categoria dedicada às pesquisadoras brasileiras destacadas de instituições nacionais que tenham prestado relevantes contribuições à ciência, gestão científica e em ações em prol da ciência e tecnologia nacional. Ao todo serão três vencedoras, de cada uma das três grandes áreas do conhecimento: Humanidades; Biológicas e Saúde; e Engenharias, Exatas e Ciências da Terra.
As indicações para a categoria “Mulheres Cientistas” podem ser feitas via Sociedades Científicas Afiliadas à SBPC até o dia 31 de outubro. As inscrições deverão ser devidamente justificadas, com informações como mini-biografia atualizada da candidata (até 500 caracteres, com espaço); currículo atualizado na Plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br); e carta de recomendação fundamentada em evidências que justifiquem o prêmio (até 2.000 caracteres, com espaço).
A seleção da vencedora de cada área será feita por uma comissão julgadora designada pelo Conselho da SBPC, composta por membros da entidade, de sociedades afiliadas, entidades científicas externas e organizações que apoiam a Ciência no País.
As indicações, com a devida documentação, deverão ser enviadas à SBPC, por meio eletrônico, ao e-mail premiocarolinabori@sbpcnet.org.br. O anúncio das premiadas será feito no dia 20 de janeiro de 2022.
Homenagem às cientistas brasileiras
Criado em 2019, o Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” é uma homenagem da SBPC às cientistas brasileiras destacadas e às futuras cientistas brasileiras de notório talento, que leva o nome de sua primeira presidente mulher, Carolina Martuscelli Bori. A SBPC – que já teve três mulheres presidentes e hoje a maioria da diretoria é feminina – criou essa premiação por acreditar que homenagear as cientistas brasileiras e incentivar as meninas a se interessarem por este universo é uma ação marcante de sua trajetória histórica, na qual tantas mulheres foram protagonistas do trabalho e de anos de lutas e sucesso na maior sociedade científica do País e da América do Sul.
A cerimônia de premiação ocorre anualmente, alternando duas categorias – “Mulheres Cientistas” e “Meninas na Ciência” -, durante o Simpósio Mulheres e Meninas na Ciência, a ser realizado em 11 de fevereiro, em celebração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Unesco.
Na primeira edição, 25 Sociedades Científicas afiliadas à SBPC indicaram 29 cientistas brasileiras. A escolhida para receber o prêmio na categoria “Mulheres Cientistas” foi Helena Bonciani Nader, professora-titular da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp). E Alice Rangel de Paiva Abreu, professora emérita da UFRJ, recebeu a “Menção Honrosa”.
A segunda edição, em 2020, foi dedicada às “Meninas na Ciência”, cujas pesquisas de iniciação científica demonstraram criatividade, boa aplicação do método científico e potencial de contribuição com a ciência no futuro. A SBPC recebeu indicação de 286 candidatas, oriundas de 18 estados e 70 municípios de todas as regiões do País. Juliana Davoglio Estradioto, formada no curso técnico em Administração do Instituto Federal do Rio Grande (IFRS), foi a vencedora no nível de Ensino Médio. Ela desenvolveu uma membrana biodegradável a partir da casca de noz macadâmia, aproveitamento de resíduos para biossíntese de celulose bacteriana. Já na Graduação, a escolhida foi Raquel Soares Bandeira, graduanda de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo trabalho sobre “Eficácia terapêutica de uma naftoquinona contra a leishmaniose”.
O prêmio ainda concedeu duas menções honrosas para cada nível. Ana Carolina Botelho Lucena, aluna do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA), pelo trabalho sobre “A morte como testemunho da vida: família e escravidão nos testamentos do Centro de Memória da Amazônia”, e Nallanda Victoria dos Santos Martins, estudante do Colégio Estadual Doutor Antonio Garcia Filho, Umbaúba (SE), pelo trabalho sobre “Casa de farinha: da mandioca ao bioplástico”, receberão pelo nível Ensino Médio. Em Graduação, as menções honrosas foram para Julia Bondar, estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pelo trabalho sobre depressão em adolescentes, e Nayara Stefanie Mandarino Silva, graduada em Letras Português e Inglês pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), pelo trabalho sobre “Marquês de Pombal e a Instrução Pública”.
A cerimônia de outorga do prêmio às cientistas contempladas nesta 3ª edição será realizada no dia 11 de fevereiro de 2022, durante o evento anual realizado pela SBPC. A princípio, o evento será virtual, se ainda forem necessárias as medidas de distanciamento social para conter a pandemia de coronavírus, ou, se as condições de segurança sanitária forem restabelecidas, a premiação será presencial, no Salão Nobre do Centro Universitário Maria Antonia da USP, em São Paulo. Independente de ser virtual ou presencial, o evento terá transmissão ao vivo pelo Canal da SBPC no YouTube (@SBPCnet).
Fonte: SBPC