Esta semana, a principal forma de fomento à pesquisa do Brasil, a bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), completou nada menos do que nove anos sem reajuste.
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) fez um levantamento, apontando que cerca de 73% das bolsas da pós-graduação no país é bancada pela instituição. A bolsa é destinada a projetos de Iniciação Científica, realizados em nível de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Além da Capes, a bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), este ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), também não sofre reajuste há uma década.
As consequências da falta de reajuste das bolsas são duras. Sem essa atualização, muitos não conseguem se manter, precisam de apoio de terceiros ou precisam trabalhar. Isso prejudica o processo de dedicação integral ao estudo e à pesquisa, como deveria ser.