5ª Conferência Nacional de CT&I começa nesta terça-feira (30/7)

O maior encontro de CT&I do país acontecerá nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto, no Espaço Brasil 21, em Brasília (DF). 

A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI) traz como tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”. 

A #5CNCTI contou com uma prévia de mais de 200 etapas preparatórias no país, com reuniões realizadas entre dezembro de 2023 e maio de 2024. 

Os quatro eixos temáticos são: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; Ciência, Tecnologia e Inovação para programas e projetos estratégicos nacionais; Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social.  

As reuniões prévias contaram com a participação de mais de 100 mil pessoas (presencial e remotamente) com o engajamento de estudantes, professores, empresários, movimentos sociais, agentes públicos e a sociedade civil.  

A conferência foi instituída pelo Governo Federal, por meio do Decreto Presidencial Nº 11.596, de 12 de julho de 2023, tem o objetivo de discutir com a sociedade as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI). 

Também recebe o apoio do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Finep.

OUÇAM A CIÊNCIA NO G20

Leia artigo de opinião da presidente da ABC, Helena Nader, publicado em O Globo em 22/7:

Tem ciência no G20. Com independência e responsabilidade, representantes das academias de ciências dos países do bloco trabalharam para chegar a consensos, respeitando as diversidades de um grupo heterogêneo. O comunicado final — norteado pelos temas inteligência artificial, bioeconomia, transição energética, desafios da saúde e justiça social — reforça o compromisso de transformar o mundo pela ciência.

Nos últimos anos, por causa da pandemia, boa parte do mundo entendeu a importância de ouvir a ciência. Agora, outros alertas têm sido feitos sobre o risco de novas emergências — não apenas na saúde, mas também ambientais, econômicas e sociais.

O comunicado final do Science20 (S20), dirigido a chefes de Estado e governo, sublinha esses alertas. Com a revolução em curso gerada pela inteligência artificial, cientistas do G20 deixaram claro em suas recomendações a necessidade urgente de regulamentar o tema e adotar medidas de proteção a trabalhadores e valores humanos, sem frear a inovação.

(…)

Em meio às mudanças climáticas, é simbólico que cientistas das maiores economias do mundo, inclusive algumas que têm no petróleo sua força econômica, reconheçam em seus alertas que é preciso aumentar o uso de fontes de energia com baixas emissões de carbono. É expressivo também que abordem novas alternativas energéticas.

A diplomacia exige consensos; a ciência, rigor. Ao unir as duas vertentes, o S20 avança definindo critérios para a bioeconomia e promovendo a participação das comunidades indígenas e tradicionais na tomada de decisões. Propõe ainda cooperação internacional e multilateral, chance única de alavancar a bioeconomia e atingir um desenvolvimento sustentável.

(…)

Infelizmente, não existe fórmula mágica. Mas há um consenso: é preciso um olhar atento para a ciência — e desta, para a sociedade.

É o reconhecimento de que, sem ciência, não há justiça social. Ao reunir a comunidade científica, o S20 converte essa visão em propostas que podem fazer diferença não só para o G20, mas para todo o mundo. Cabe ao Brasil, agora, incorporá-las a seu rol de recomendações finais.

Nos últimos anos, boa parte do mundo entendeu a importância de ouvir a ciência. Que os líderes do G20 reforcem essa máxima.

Leia a matéria na íntegra no site de O Globo.

Reunião Anual da SBPC encerra neste sábado, em Belém, e destaca-se como a maior de todos os tempos

Balanço preliminar da organização do evento aponta que foram mais de 60 mil pessoas circulando e participndo de todas as atividades no campus

Após uma semana de programação científica, debates, arte, cultura e exaltação dos saberes tradicionais, a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA), encerrou, neste sábado (13), com o “Dia da Família na Ciência”. O balanço preliminar da organização do evento aponta que foram cerca de 60 mil pessoas circulando e participando de todas as atividades no campus, que iniciaram na segunda-feira (8) – com abertura oficial ainda no domingo (7), no Teatro da Paz.

A exemplo dos dias anteriores, a UFPA ficou tomada de pessoas de todas as idades e formações para prestigiar o último dia do evento, que encerrou às 17h deste sábado. Foi ultima oportunidade de aproveitar e explorar as seis tendas organizadas nesta edição: Expot&c, SBPC Jovem, SBPC Afro e Indígena, Paneiro-Espaço de Cultura Alimentar, SBPC Cultural e Feira da Economia Solidária e da Diversidade. 

O dia começou com apresentação do Cordão de Pássaros Colibri, de Outeiro, trazendo alegria ao palco da tenda da SBPC Jovem com seus integrantes. “Para a gente é um grande orgulho estar aqui dentro da Universidade participando de um evento como esse. O Pássaro também é ciência. É a ciência da cultura. Tanto que não faltam, aqui na Universidade, pesquisas sobre os nossos Pássaros. Essa é uma valorização muito importante”, defendeu a mestra do Pássaro Colibri, Laurene Ataíde. 

Após a apresentação, os brincantes se juntaram ao público e saíram em cortejo pelo campus Guamá. “Consegui aproveitar o último dia para trazer minha filha que estava querendo muito vir participar. Mas a programação nem é só pra ela. É uma festa completa. Tem muita ciência e muita cultura também. Me senti representada”, declarou a funcionária pública, Solange Couto, mão de Ana Júlia, 12 anos. “Eu gostei muito. Tem muita diversão e ajuda a gente a pensar no futuro”, disse a menina. 

Balanço preliminar 

“Foi a maior e melhor Reunião Anual da SBPC de todos os tempos”.  A declaração é do presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, feita durante sessão solene de encerramento do evento no auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes. A afirmação resume os números ainda preliminares da edição que registrou 27.500 inscritos; recebeu a visita de mais de 15 mil crianças e jovens de escolas da cidade e toda a região e ofereceu, ao todo, 280 atividades científicas apresentadas por mais de 700 especialistas e autoridades, segundo a Secretária Geral da SBPC, Cláudia Linhares Sales.

Segundo dados preliminares levantados pela Comissão Executiva Local, da UFPA, somente na Tenda da SBPC Jovem, a estimativa diária de público foi de 15 mil visitantes, no período de 8 a 11 de julho, o que totaliza 60 mil visitantes estimados apenas em quatro dias. Tendo como público focal estudantes e professores da educação básica, a SBPC Jovem reuniu 1.500 expositores divididos em mais de 70 estandes e em três grupos principais: Parceiros históricos; Parceiros da SBPC Jovem 2024; e Projetos da UFPA. 

Na tenda voltada exclusivamente para crianças com até 5 anos, a Infâncias Mairi na SBPC, novidade da edição e fruto de uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Escola Bosque, 1.045 pequenos e pequenas, considerando o período de 8 a 11 de julho, participaram de pelo menos uma das quatro oficinas. Entre as atividades que foram oferecidas: “Usina de pigmentos naturais”; “A transformação da argila”; “Brinquedos de equilíbrios e ventos” e a “Química das bolhas de sabão”. 

Já na Tenda Cultural, no campus do Guamá, a estimativa de visitantes foi de 5 mil pessoas por dia, acompanhando pelo menos uma das 75 atividades culturais realizadas entre os dias 8 e 12 de julho. Algumas programações da SBPC Cultural também foram realizadas no Theatro da Paz, 5 espetáculos, que receberam uma média de público de 500 pessoas por noite. No sábado (13), fechando a programação da SBPC Cultural no espaço, foi apresentado, às 20h, o espetáculo “Verde Ver o Peso” com lotação máxima da casa. 

Apoiadores

A 76ª Reunião Anual foi uma realização da UFPA e da SBPC, que teve como sócios institucionais a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM). Os patrocinadores foram a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A edição deste ano teve como parceiros institucionais a Universidade do Estado do Pará (Uepa), o Instituto Federal do Pará (IFPA), a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

E ainda, a programação contou com o apoio da Prefeitura de Belém, da Secretaria Municipal de Educação (Semec), da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Educação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério de Desenvolvimento Social.