Marcha Virtual pela Vida movimenta milhares de pessoas

O 9 de junho de 2020 cumpriu seu papel de levar a mensagem de diversos setores da sociedade civil: a defesa da vida, da saúde e do SUS, da solidariedade, do meio ambiente, da ciência e da educação. Na Marcha Virtual pela Vida, cuja programação durou todo o dia, representantes da Frente Pela Vida reiteraram os seis pilares que guiam o movimento em painel nacional.

Nas cinco regiões do país, instituições de referência para as políticas públicas e os direitos humanos se uniram na March pela Vida, reunindo mais de 500 entidades, além de movimentos sociais, artistas, ativistas e intelectuais com objetivo de cobrar respostas do poder público e sensibilizar a população diante do caos na Saúde pública e nas políticas sociais. Logo no início do dia, a Marcha Virtual pela Vida apresentou os depoimentos de representantes das instituições que compõem a Frente Pela Vida, movimento responsável pela manifestação digital.

A Frente pela Vida é composta pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e Rede Unida.

Apoiando a Marcha, a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) participou de atividades importantes. Organizadora da Marcha e membro da ICTP.br, a SBPC abriu o dia. O presidente Ildeu de Castro Moreira leu a declaração da Marcha Pela Vida.

Em seu pronunciamento, Moreira frisou o compromisso da Frente com a vida como valor inalienável, acima de qualquer coisa, em benefício de todos os brasileiros e brasileiras e garantida pela Constituição Federal. E destacou os pontos centrais da declaração da Frente pela Vida, entre os quais, o fortalecimento do SUS, a preservação do meio ambiente, a solidariedade com as camadas mais vulneráveis da população e a democracia com princípio fundamental para a vida digna de todos os brasileiros.

Ressaltando o respeito à ciência e às orientações dos profissionais da saúde, Moreira criticou a omissão de dados do governo sobre a pandemia. “Tivemos que nos manifestar em relação à deturpação e omissão de dados sobre a Covid-19, o que certamente é uma situação inaceitável, do ponto de vista do povo brasileiro, dos planejadores, gestores e que envia uma mensagem muito negativa para o exterior”, afirmou.

A Andifes, que compõe a ICTP.br, foi representada pela sua presidente da Comissão de Ciência & Tecnologia e Empreendedorismo, Soraya Smaili, na mesa “A rede de universidades federais na defesa e promoção da vida de todos os brasileiros”. O reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles Pires da Silva, presidente da Andifes, ressaltou o papel da universidade como lugar de conhecimento e completou: “Esse é o momento de defender a vida”.

O presidente da ABC, Luiz Davidovich, destacou a solidariedade com os mais vulneráveis, trazendo dados da desigualdade – 48% da população não tem acesso a coleta de esgoto, 32 milhões não tem acesso a água tratada – sinais do atraso do País em relação ao mundo, que impedem o desenvolvimento sustentável. “O País tem riquezas que estão sendo desperdiçadas”, afirmou.

Tuitaço é o quinto assunto mais comentado no Brasil  

Um tuitaço foi realizado para reforçar a Marcha Virtual pela Vida com as hashtags: #MarchapelaVida e #FrentepelaVida. O assunto foi o quinto mais comentado na terça-feira, no país, na rede social. O objetivo da mobilização no Twitter foi chamar a atenção para o fortalecimento dos valores fundamentais para que a sociedade brasileira tenha condições de enfrentar a pandemia de coronavírus: a vida, a saúde e do SUS, a solidariedade, a preservação do meio ambiente, a democracia, a ciência e a educação.

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